terça-feira, 14 de outubro de 2008

CHEGANDO AO RIO

Ontem, por acaso, encontrei novamente meu amigo José Vicente e ao conversar com ele dei boas risadas.

Ele, com aquele olhar ingênuo de aplicador na Bolsa de Valores de Xangai, me perguntava sobre o que a Marta e o PT de São Paulo estavam querendo saber da vida pessoal do Kassab. Ele nunca tinha percebido qualquer atitude fofoqueira por parte da sexóloga, ex-prefeita e ex-ministra do turismo: relaxa e goza. Será que o Partido dos Trabalhadores estaria insinuando que o Kassab é gay, só porque mora com mamãe, é solteiro e não tem filhos?

Não estaria o partido revelando um certo preconceito? José Vicente com um sorriso de canto sugere que só pode ser obra de alguns marqueteiros tucanos que estariam infiltrados na campanha petista e que Marta não saberia, a exemplo de outros correligionários, nada a respeito disso; que ela tinha entendido que a pergunta se referia apenas a melhor maneira de informar o eleitor de São Paulo que não conhece bem o prefeito que governa a cidade há dois anos e pico, para poder comparar com ela que é um pouco mais rodada.

O Zé começou também a falar das plásticas da prefeita, mas de repente mudou de assunto e passou a me fazer perguntas sobre a eleição no Rio de Janeiro, sabendo que eu vivo na cidade. Perguntou se era verdade que o Presidente da República e o Governador do Estado tinham resolvido intervir na eleição do Rio e partir para o tudo ou nada contra o ex-petista e agora inimigo Fernando Gabeira. Será o Severino?

Ele tinha ouvido falar que o Wladimir Palmeira, sim aquele mesmo que foi trocado pelo Embaixador dos EUA, estava apoiando o ex-tucano Eduardo Paes. Que também a Jandira tinha feito o mesmo porque o PSDB do Fernando Henrique tinha privatizado a saúde e como o PSDB está apoiando o Gabeira, logo, portanto, simplesmente, o PC do B devia apoiar a coligação de “esquerda” que está com o Paes. Francamente ele só podia estar de sacanagem, fazendo todas estas perguntas para mim.

Quando eu tentei falar alguma coisa, ele me disse: -- deixa pra lá eu estou mesmo é preocupado com a crise econômica.

-- Xará! Quando esperto (expert) tá se dando mal, imagine então o que está acontecendo aos recém chegados.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

BORDEAUX

Uma surpresa muito agradável nos aguardava em Bordeaux, a de sermos convidados a jantar na casa de um cuisinier profissional. O menu “simples” como convinha. De aperitivo um foie de canard (pato) entier acompanhado de um vinho tipo sauterne. A entrada era uma troxinha de maçã com queijo de cabra, além de salada verde. O prato principal um magret de canard ao mel e ervas com batatas, acompanhado de um vinho tinto Bordeaux da safra especial de 2005. De sobremesa uma torta de chocolate/café. Tudo feito em casa ( a la maison). Não poderemos jamais comer pato novamente na vida pois o ápice de tal prato foi obtido pelo chef Rafá.

Nossos amigos Rafael e Anne, ele cozinheiro, ela jornalista e âncora de programa radiofônico matutino de duas horas e meia: música, notícias e atualidades, foram uns amores conosco. Recepção muitas estrelas.

Mas, falando da cidade de Bordeaux neste início de outono, com tempo bom, pode-se dizer que é o bicho, cara. Muita história, muita arquitetura (quase todas as construçòes são baixas e feitas de pedras bordalesas beges) e muita juventude curtindo o sol durante o dia e os bares durante a noite. Uma cidade tipicamente francesa, capital da produção de vinhos, dos mais famosos do mundo.

Para quem gosta de passear e caminhar é um lugar ideal. Seu tamanho (aproximadamente 280 mil habitantes) ainda permite um ambiente relativamente calmo e chique, com um comércio variado.

Quem visitar Bordeaux não deve deixar de ir ao bairro de Saint Michel onde se pode encontrar todos os tipos de temperos e ingredientes de todo o mundo, com um comércio comandado por marroquinhos, africanos, chineses e “batrícios” em geral.

Ao sentar-se em um restaurante em Bordeaux não tenha medo de pedir um vinho da casa ou vinho nacional, com certeza não vai se decepcionar.