domingo, 28 de março de 2010

VISITA À HIROSHIMA


De Osaka a Hiroshima é aproximadamente uma hora e meia de trem-bala: o Shinkansen. Este tipo de transporte já está totalmente incorporado ao dia a dia do Japão, para inúmeros destinos e com vários horários. Sistema rápido e eficiente, fácil de usar até por estrangeiros. Por falar em eficiente, até agora é uma das coisas que mais nos impressiona nesta viagem, como tudo funciona impecavelmente. Outro dia, dentro de um mercadão em um shopping não resistimos à tentação e compramos uma bandeja de morangos maravilhosos e decidimos comê-los lá mesmo. Os japas nos olhavam admirados como se estivessem vendo alienígenas de outro planeta. Como não havia cesto para lixo, deixamos para quando víssemos um. Não é que andamos quase dois quilômetros por ruas limpíssimas sem nenhuma lixeira a vista. Daí todo mundo saber por que é inviável um sindicato de lixeiros em Osaka: se fizerem greve ninguém vai notar.

Voltando ao assunto principal. Fomos visitar Hiroshima.

Um momento que emociona. A visita aos monumentos erguidos para defesa da paz.


O impressionante contato com as imagens fotográficas do antes e depois do ataque a cidade. As fotos das vítimas, os relatos dos sobreviventes, os objetos de crianças chamuscados pelo fogo. E depois a contradição entre manter a memória do sofrimento em defesa de um mundo civilizado e apagar para sempre os vestígios da insensatez dos líderes e chefes militares dos estados em guerra, que chegaram ao ápice no séc.XX e que parece nunca terminar.

A Hiroshima reconstruída, moderna e colorida é melhor resposta que poderia ser dada por seu povo e é a que se encontra lá recebendo gente de todo o Japão e do exterior, é uma atitude que faz com que saiamos de Hiroshima com emoção e esperança.

quinta-feira, 25 de março de 2010

OSAKA - chegada ao Japão

Os japoneses constituem um povo que sorri, é muito gentil e te oferece ajuda. Fomos bem recebidos.

Embora já soubéssemos destas características, havia em nós certa ansiedade sobre as dificuldades que iríamos encontrar quando chegássemos a Osaka. Viajar para a Ásia dá certo frio na barriga quando o momento da partida se aproxima. Pura fantasia mental.
O aeroporto de Kansai, em Osaka, o segundo do país, atrás apenas do aeroporto de Narita em Tóquio, construído sobre pilastras na baía de Osaka, além de seguro e bonito é incrivelmente bem organizado e acolhedor e com várias coisas eficientes e bem boladas.

Na migração,após deixarmos as digitais dos dedos indicadores registradas no sistema deles, uma gravação em português dizia: muito obrigado e nos deu boas vindas. Ao retirarmos dinheiro do caixa eletrônico do aeroporto apareceu a opção português para as instruções de saque. Gentil e prático né!?

No guichê de informações obtivemos a orientação, de uma simpática atendente, que o serviço de ônibus diante da porta de saída poderia nos levar diretamente até o hotel em que tínhamos reserva, na porta do saguão do hotel, literalmente, pura sorte.

Ou seja, não tivemos qualquer dificuldade em nossos primeiros passos no Japão.

Arigatô! Osaka.

terça-feira, 23 de março de 2010

ADIVINHA O QUE ACONTECEU?

Em nossa primeira saída em Dubai, resolvemos pegar um taxi e rumar para o City Centre. Para início de conversa, tratava-se de um Centro Comercial e não do centro da cidade. He,he,he, né?

Logo após descer do carro, dei falta da minha Lumix, minha querida câmera fotográfica. Turista em férias, sem máquina para sacar fotos. Logo veio o socorro: eu te empresto a minha a hora que você quiser. Não liga não, quem sabe o taxista que sabe o endereço do hotel não liga para lá e devolva a bichinha.

Eu só vou dar uns cinquenta socos na parede para extravasar um pouco, mas, não tem problema, afinal era só uma máquina.

Passeamos o dia inteiro conhecendo o pequeno comércio ao longo do Creek, depois visitamos a região litorânea onde demos uma vista geral nas principais atrações turísticas da orla.

Qual não foi a nossa surpresa ao chegarmos de volta ao hotel, quando o pessoal da portaria nos disse que certo taxista havia ligado perguntando se algum hóspede, pela manhã, havia esquecido um objeto em seu carro.

Não é demais?

Uns dizem que é anjo da guarda, outros é que ainda há seres humanos civilizados no mundo.

Qual a sua opinião?

DUBAI –II



O maior edifício do mundo, denominado Burj Dubai, está às vésperas de sua inauguração, prevista para o próximo mês de abril, isto é, mês que vem. Fomos até lá conferir, está realmente nos últimos acabamentos. É chocante! Como uma lança se projeta para o céu. Já nasce com a vocação para ser a Torre Eiffel do início do século XXI. Quando se olha para cima para vê-lo, há um momento que se tem a sensação de poder cair para trás. Uma vertigem ao inverso.

Certamente, será o mirante privilegiado de observação deste prodigioso projeto de construção de uma cidade moderníssima em um deserto à beira mar. Sobre a areia, as mais arrojadas construções de prédios, avenidas, Metro, conjuntos residenciais de casas e prédios. Na orla marítima: praias artificiais, hotel sete estrelas, marinas e bairros elegantérrimos.


De lá poderão ser vistas inúmeras Mesquitas oferecidas ao povo muçulmano como novos lugares para suas orações em grupo. Não vimos nenhum templo de outras religiões.


Pode ser que Dubai com seu esplendor de vitória venha a causar inveja a líderes políticos e religiosos do mundo inteiro. Pode ser, também, que signifique uma experiência de aproximação entre pessoas de várias partes do globo.


O que será desta cidade daqui trinta ou quarenta anos?

Hoje, é um canteiro de obras alucinado, uma enorme concentração de gruas, guindastes e andaimes de todos os tipos.




segunda-feira, 22 de março de 2010

DUBAI


É uma cidade diferente em busca de um charme próprio. Não sei se já conseguiu, mas está no caminho.

Ela é jovem, nascida a beira de um deserto, encostada no mar. Esparrama-se junto a uma enseada que mais parece um pequeno rio, não à toa chamado de Creek, palavra inglesa que quando se consulta o dicionário, lá aparece: riacho para os americanos e enseada para os ingleses. Mas, quando nos é apresentada, logo aprendemos que boa parte de sua vida transcorre um torno desta enseada ou deste creek.

A primeira impressão é que são muçulmanos construindo uma grande Barra da Tijuca, com suas avenidas, inúmeras mesquitas, centros comerciais e prédios, tudo muito planejado por arquitetos e urbanistas provavelmente famosos.

Luxo, muito luxo. Um verdadeiro showroom de arquitetura contemporânea, edifícios sofisticados, chiques, lindos e até alguns bregas, todos disputando o seu espaço.
Esta cidade é a expressão da riqueza do petróleo que é abundante nesta área, mas também da vontade visionária da dinastia Al Maktoum que a governa.

Hoje, em Dubai vivem pessoas originárias de mais de cem nacionalidades, muitas da Índia e do Paquistão. Constrói uma cidade cosmopolita, em ambiente natural inóspito e em ambiente cultural islâmico.

Amanhã vamos a caminhar pelo bairro dos arranha-céus, que de longe lembra mesmo é a silhueta de Nova Iorque.

Depois nois conta.