domingo, 31 de agosto de 2008

BERGEN E OS FIORDES

A segunda cidade da Noruega é talvez a principal atração turística do país. De lá partem as excursões para passeio pelos famosos fiordes de sua costa oeste.

A cidade de Bergen é puro charme. Com aproximadamente 230 mil habitantes é uma cidade portuária que encanta, pela arquitetura de suas construções, o desenho de suas ruas, pelo mercado de peixe em frente ao porto, uma grande feira livre permanente onde se vende alimentos, flores, peles de animais e roupas. E o encanto do Bryggen, conjunto medieval de casas, hoje consideradas patrimônio da humanidade pela UNESCO.

Há também um bondinho, selhelhante ao do Cristo Redentor, que leva ao topo de um morro que permite uma linda vista do porto e da cidade. Optamos por descer a pé para conhecer as ruas e casas do bairro que o cerca. Beleza pura. Parece com o antigo bairro do Cosme Velho no Rio de Janeiro antes da atual crise de violência e temores. Caminhamos por uma hora a vagar, devagar, a passear e a observar os detalhes de casas e jardins. E pensar que já tivemos essa tranquilidade também.

Os passeios pelos fiordes é o principal motivo que leva os turistas a Bergen. Há passeios que duram vários dias em grandes navios que viajam por toda a longa costa da Noruega, ou então passeios de menor duração que podem ser só de barco, ou combinando barco com trem ou ônibus.

O passeio que fizemos começou na estação ferroviária as 8:30 e terminou no porto às 20:30, com um parada de tres hora em Flam, próximo ao ponto extremo do fiorde Sogneford. O trecho ferroviário inclui uma baldeação para um segundo trem que desce de Myrdal para Flam. Nesta descida tem-se direito a várias paradas para se aproveitar da vista deslumbrante dos morros e de cachoeiras. É bonito pra caramba!

Os gigantescos morros de pedra que margeiam os fiordes, que já havíamos visto de cima, se mostram ainda mais expressivos quando vistos de dentro dos barcos. Paisagens mais paisagens, a todo momento, ainda mais paisagens. Tivemos direito também a uma pequena frustração, o passeio de barco foi acompanhado de chuva. Sabe como é, tudo ficou meio acinzentado, né? Pois é.

Nem tudo é positivo em Bergen. Come-se mal a beça; comidas super temperadas e ruins, serviço de pub, ou seja, sem serviço. Com direito a piri-piri.

sábado, 30 de agosto de 2008

RUMO A BERGEN

Não esquecam de ver as fotos de viagem


Prepare-se, a 600 m., na rotunda, entre na segunda saída. Era a voz gravada no GPS, em português não muito castiço, mascom sotaque lusitano, que ouvíamos ao sair do aeroporto internacional de Gardermoen, distante cerca de 50 km. da cidade de Oslo. A voz, por ser feminina, apelidamos quase que instantaneamente de Maria, e a partir de então, tornou-se nossa companheira de viagem que quando ficava muito tempo em silêncio nos deixava preocupados.

Logo nos primeiros trechos percorridos, percebemos que a viagem seria um passeio só; dos dois lados da estrada, o campo Norueguês parecia cuidado como um jardim, propriedades de pouco mais de um hectare, geralmente com uma casa grande construída em madeira, pintada em cores vivas, com rolos de feno cobertos por plásticos de cor branca, dispostos na propriedade, para consumo dos animais nos meses de inverno: ovelhas, vacas, cavalos e cabras.

Na estrada, deparamo-nos com várias placas avisando de travessia na pista de alces e veadinhos. Não chegamos a vê-los, só fomos atrapalhados duas vezes uma por rebanho de ovelhas e outra, já na volta, por cabras. Ao contrário do Brasil em todo o percurso não vimos grandes propriedades rurais, somente pequenas, o que explica a enorme quantidade de casas no campo e pequenas cidades, vilas e aldeias.

Paramos para dormir em um hotel de beira de estrada nas imediações de Gol, que mais parecia uma colônia de férias de velhinhas norueguesas muito simpáticas e sorridentes.

Depois seguimos pela cidade de Geilo em direção a Bergen, fantástico, o caminho cheio de curvas, subindo e descendo montanhas, seguindo em paralelo ao curso dos rios e de alguns lagos. A paisagem era formada, ora por montanhas cobertas de pinheiros, ora por montanhas de pedra com alguma neve remanescente. Quando ladeávamos estes rios (alguns eram fiordes) nos fundos dos vales era como se estivéssemos navegando neles, entre montanhas enormes.

Um dos fiordes, precisamos atravessar em ferry boat durante uns vinte minutos. Vieram depois uma sucessão de túneis até chegarmos a Bergen. Toda a viagem foi feita em pista única e curiosamente para nós os motoristas daqui não procuram ultrapassar uns aos outros, apesar da velocidade máxima ser de 70 km/h. o que tornou a viagem bem tranquila.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

ADEUS REYKJAVIK

Quando se parte de qualquer país a gente fica a pensar, como se estivéssemos assistindo a um replay a passar na tela da mente, contando as impressões que tivemos. Nós que viemos de longe e já estamos a partir, sentimos que para conhecer melhor a Islândia não são suficientes os cinco dias que por aqui passamos. Este país possui paisagens bem diferentes das que estamos acostumados. Há grandes extensões planas, com pouca vegetação, e o terreno com o aspecto lunar deixado pelas lavas, tudo em razão de sua estrutura geológica e sua origem vulcânica; há também serras e montanhas, algumas com neves eternas e de formato parecido com vulcões extintos. Para se fazer os passeios obrigatórios e dar a volta a ilha se precisa muito mais tempo do que dispusemos.


Visitamos Reykjavik em dias muito particulares. Sem saber, viemos em momento que a cidade estava em festa, em pleno Festival da Cultura. A população toda: crianças, jovens, adultos, pessoas idosas e bebês, não escapando ninguém, saem para as ruas, não se importando se chove ou se faz frio. O dia começou com uma Maratona, onde mais ou menos dez por cento da população participa correndo, incluindo crianças e papais e mamães empurrando carrinhos. Cada qual cumprindo o seu trajeto no ritmo que deseja ou consegue. Os noventa por cento restante ficam a assistir e torcer pelos outros.

Durante o dia todo espalham-se barracas que vendem de tudo: antiguidades, roupas, flores e principalmente comidinhas para alimentar a galera que está pelas ruas a beber, a ouvir e a tocar música, apresentar danças, enfim festa para valer que se estende pelo dia, pela noite, pela madrugada até o dia seguinte.

O ponto alto das comemorações é a apresentação, no porto, de um show de fogos de artifício; olha francamente, deixa os nossos muito para trás; pensamos em pedir ao César Maia, ao Sérgio Cabral e talvez até ao presidente para conversarem com o pessoal daqui para eles darem umas dicas.

Estamos agora em Bergen, na Noruega de onde saem os barcos para visita aos famosos Fiordes. Bem, depois a gente conta.

sábado, 23 de agosto de 2008

PASSEANDO PELA ISLANDIA

Fizemos mais duas excurções pela ilha: uma, chamada de Golden Circle, na qual se visita uma bela cachoeira e em seguida um lugar onde água e vapores brotam da terra a temperaturas muito elevadas; chamam-se geysir, um deles impressiona, porque a cada cinco minutos jorra como se fosse um poço de petróleo dos fimes sobre o oeste americano, atingindo a altura de oito a quinze metros. O ponto alto do dia foi visitar um lugar, onde se pode conferir a fenda existente entre as placas tectônicas da banda européia e da banda americana; esta rachadura cruza de alto a baixo a ilha. Quer dizer se a esfera quebrar, como duas partes de uma laranja, pode ser que a Islandia de uma ilha vire duas. Eles no nomomento não se preocupam muito, porque por enquanto a fenda ajuda a indústria do turismo local.

Depois fomos a Blue Lagoon. Que maravilha! Um parque aquático em plena área de formação vulcânica. Para relaxar, nada como uma estação de águas, onde fora voce passa um frio danado, com vento e chuvisco gelado e em seguida a alegria de entrar nas águas quentes de um laguinho azul claro a 39 graus. Ao lado de fora, sauna seca, úmida e duchas. Relaxa até rocha vulcânica. Claro que não podia faltar um recanto com espreguiçadeiras e serviço de bar com bom vinho e lanchonete. Ah! Como é bom dormir....

A Islândia é um país pequeno, que de início parece ter muita coisa a mostrar. Mas aos poucos a gente vai conhecendo os seus encantos. Até no perguntamos como é que em situações difíceis alguns seres humanos conseguem prodígios e em outras sucumbem.

O que se percebe é que a galera daqui é muito educada e os que chegam de fora também dançam a mesma música.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PESCANDO BALEIAS NA ISLANDIA (ICELAND)


Que beleza! Chegamos a este país ilha de 103.000 km2 com população de 300.000 habitantes, da qual a metade vive na capital: Reykjavik. O idioma é o Islandês, mas todo mundo por estas bandas Escandinavas comunicam-se também em Inglês.

Area de origem vulcânica, muito plana e com pouca vegetação, detentora do titulo de melhor IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) do globo; próxima ao Círculo Polar Ártico é terra de muito frio, peixes e lendas. Tem também muitas bandas de rock e a famosa cantora Björk.

Reykjvik é uma cidade alegre com muitos retaurantes e bares, cafés com música ao vivo e super carrões, porém guarda algumas coisas de cidade do interior, como por exemplo o comércio fechar para o almoço e o horário de jantar ser cedo.

Chegamos ontem ao meio dia sob um Sol de rachar coco da Bahia, Quem diria, quase no Polo Norte, depois de uma semana de chuvas sermos recebidos no dia de verão? Não tivemos dúvidas, Marcamos para hoje participar de uma expedição-aventura de pesca da Baleia. Dane-se que é um animal em extinção.

Logo de madrugada, às 9:00 da manhã, pontualmente, estavamos embarcando junto com outros pescadores de diversos países, todos contando estórias fantásticas de suas experiências pelos mais variados santuários ecológicos. Todos estavam muito ansiosos pelas famosas colonias de baleias da Islândia.

Nestas ocasiões é indispensável roupas, gorros e luvas a prova de vento frio. Quando se navega por estes mares, próximos a região polar, a sensação térmica é a de uma viagem ao fundo da terra do gelo.

Quando a guia da expedição gritou: - Baleia a vista! Todos sacaram suas câmeras digitais para tentar fisgar algumas baleias. Ela, a guia, que por sinal não era baleia e sim esguia (não confundir com ex-guia) procurava indicar onde elas apareciam, usando como sugestão os ponteiros de um relógio, e a cada hora a galera se voltava de um lado para outro.

Sensacional gente! Tivemos muita sorte nesta pescaria e vimos um verdadeiro show de baleias aparecendo a tona querendo imitar golfinhos, acompanhadas por exibições de pássaros com seus estilosos vôos rasantes e mergulhos. Os barcos sabem onde elas estão ao avistar de longe as aves pescadoras acompanhando os cardumes.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OSLO – as aliadas

Não esquecam de ver também as Fotos de Viagem

Alguns dizem que os turistas tem uma espécie de anjo da guarda; Carlos Castañeda diria que na verdade são aliados, que como surgem de repente, também desaparecem sem deixar vestigios.

Pois não é que estávamos as voltas com uns mapas em um ponto de ônibus na frente do portão de entrada do Vigeland Parque (o parque das esculturas: realização de quarenta anos de trabalho do notável escultor que dá nome ao parque), quando perguntamos a uma jovem que estava sentada em um banco da parada do ônibus se era necessário adquirir-se o ticket em algum lugar antes de subirmos na condução. Não é que a garota que era sérvia, falava português-brasileiro. Ela havia morado em Paranaguá, Paraná, no anode 1999 e tinha apreendido a falar razoavelmente bem a nossa língua. A menina nos contou que faz pós-graduação em geo-física em Houston e fala, além de Sérvio, sua língua materna, russo e inglês. Nos deu todas as dicas de como adquirir o Oslo Pass que dá direito a uso ilimitado no Metrô, tram (bondes) e ônibus, além de entrada livre nos diversos museu da cidade, ou seja: uma super economia de tempo e grana . Decididamente uma aliada. Quando nos voltamos para agradecer ela não se encontrava mais onde nós a haviamos deixado. Ela nos disse que se chamava Sonja (Sônia para nosotros).

Assim, com o passe, pudemos fazer um passeio de barco, um lunch cruise (buffet de camarão no bafo), por duas horas e depois visitar o Museu Kon Tiki, Museu do Folklore Norueguês, o Museu dos Vikings e o Museu do Munch. Pode parece que foi coisa de mais, mas não foi, pois não se gasta muito tempo em transporte nesta cidade. A rede deles é fantástica. (dá uma inveja danada).

Curiosamente, ao sairmos do museu do folklore para irmos ao museu do Munch, estávamos novamente olhando nossos mapas, quando uma senhora se aproximou de nós e nos ensinou como deviriamos fazer para ir ao Munch Museum, Ela anotou em um papel qual estação de ônibus deveríamos descer e fazer conexão com o Metrô local. Por fim, acabou indo com a gente até dentro da estação. Quando tentamos procurá-la para agradecer não a encontramos, sem dúvida era uma outra aliada...

A noite seguimos recomendação de Dom Mário e jantamos no restaurante Lofoten, na beira do cais. O prato do dia era um bacalhau fresco de comer aos prantos, agradecendo aos senhores do tempo por termos vindo a estas plagas.

domingo, 17 de agosto de 2008

DESEMBARQUE NA NORUEGA

Conforme previsto, apenas com meia hora de atraso, o vôo TP 506 da TAP pousou no aeroporto internacional de Oslo, procedente de Lisboa onde fizemos uma conexão e soubemos pela televisão que um nadador brasileiro, César Cielo, havia ganho uma medalha de ouro e ainda por cima, batido o recorde olímpico da prova de 50 m.;que marvilha! A incompetência da nossa imprensa em antever resultados não merece maiores comentários.

Embora a previsão do tempo para a chegada fosse de muita chuva, fomos premiados: o dia estava ensolarado e claro e da janela do avião já dava gosto de ver os recortes do litoral norueguês e uma quantidade enorme de barcos e veleiros: alguns ancorados e outros se movimentando pelas águas próximas ao porto da cidade. Vimos do alto também muitas casas, bem cuidadas, espalhadas por áreas verdes, que parecem compor pequenas fazendolas. Vista de cima a capital da Noruega já começa a mostrar encantos. Interessante! Pelo jeito o povo daqui é super ligado a tudo que tem a ver com o mar. Pudera, tanta costa, tanto mar, tanta tradição pesqueira, tanta guerra. Afinal estamos chegando a terra dos Vikings.

Os guias de viagem dizem que Oslo fui fundada no ano 1000 (número muito redondo para o meu gosto) e hoje sua população conta aproximadamente 550 mil habitantes. Uma cidade de tamanho ideal, cujos edificios raramente superam cinco pavimentos, com muitas praças ajardinadas e nesta época do ano ainda floridas. O padrão é de país desenvolvido: da gosto de ver tudo super cuidado e no verão povoada de jovens e turistas de todos os cantos do mundo.

Ao se caminhar pela cidade logo se percebe que em muitos lugares há esculturas, principalmente representando seres humanos, todas guardando um certo estilo. Depois se descobre, ao se visitar o parque mais importante de Oslo, que a cidade é marcada pelo obra de Gustav Viegeland, que dá o nome a um parque que abriga suas esculturas. São da Noruega também, o pintor Edvard Munch ( O Grito ) e o dramaturgo Henrik Ibsen( Casa das Bonecas).

A turma destas bandas em geral é loira, mas há também muitos indianos e africanos, o que lhe da face de cidade cosmopolita. Destaca-se o design de objetos para casa e as roupas norueguesas que são muito bonitas. Como em toda grande cidade de elevado poder de compra, estão presentes as grifes internacionais famosas.

Confesso que não vi ninguém utilizando aqueles capacetes com cornos dos filmes que tratam dos vikings; devem estar fora de moda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

VAMOS VOAR PARA A ESCANDINÁVIA

Uma boa viagem invariavelmente começa muito tempo antes da gente botar o pé na estrada, nas conversas em casa na hora do almoço ou num bate-papo de bar, pão e vinho sobre a mesa. Pode cerveja também, churrasco, bebidas destiladas...

Pode tudo, principalmente sonhar.

Outro dia pensávamos em ir talvez para a Turquia, Grécia, Egito e por que não o Irã. Só por causa dos Iatolás, ou do Bush e seu eixo do mal. Pensando bem, não se deve rejeitar nenhuma possibilidade de viagem. Embora se saiba que é impossível ir a todos os lugares do mundo, não custa tentar, né?!

Hoje, com a Internet, as revistas e guias de viagem, a gente já viaja sem sair do lugar. E o GoogleEarth que coloca o mundo todo nas nossas mãos! Tudo tá fácil, demais.

Pois é gente, isso é para dizer que sexta-feira próxima estamos tomando um avião rumo a Escandinávia: vamos à Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Vamos também visitar a Mari e o Edo em Londres, passando por Bordeaux para encontrar o Rafa e a Anne que moram lá. Não há segundas intenções, apenas coincidências. Como estaremos por lá, não poderíamos deixar de ir a Paris.

Na volta para casa, passaremos por Lisboa para dar um abraço na parte da família que mora em Lisboa: os primos, Belarmino, Maria Sofia, José Alfredo, Paula e Tomás.

Partiremos dia 15 de agosto e retornaremos dia 04 de outubro para votar, não sabemos em quem ainda.

O bispo Crivela não nos perdoaria se faltassemos a eleição (brincadeirinha gente, o bispo não é rancoroso)

Acompanhe todas as emoções nos blogs do Soeiro: crônicas e fotos de viagem.

Desculpem a confidência: estamos com T.P.V. (Tensão Pré-Viagem), mas vai passar...