segunda-feira, 17 de maio de 2010

AO REGRESSAR

Ao final de uma viagem por países tão diferentes: Emirados Árabes Unidos, Japão, China, Vietnã, Camboja e Tailândia, em apenas 55 dias, ainda meio aturdidos por tantas imagens e sensações, lugares e pessoas, percebemos um sentimento de que algo foi-nos acrescentado; uma coisa difícil de explicar, do tipo, as pessoas são semelhantes em todo o canto, porém são também muito diferentes entre si, como que uma beleza da diversidade. Ser visto e tratado como um diferente. Tentar experimentar e avaliar os sabores, os sons, os movimentos, as construções e maneiras. Afastar preconceitos e olhar, olhar, olhar...

Viajar pelo ocidente é percorrer um mundo diverso, mas familiar. Porém, viajar pela Ásia é outro barato, principalmente na época atual, quando um vertiginoso processo de mudança está em curso, convivendo o mais profundo das tradições milenares com o crescimento do consumo e de novas formas de produção, o que tem levado muita gente do meio rural a mudar completamente de estilo de vida, conceitos e ideologia.


Conviver com países mais abertos significa receber milhares de turistas de outros países, que têm traços fisionômicos diferentes, modos às vezes engraçados, outras vezes estranhos, usam cortes de cabelo e roupas esquisitos e falam outras línguas. Tendo de aprender um pouco de inglês para faturar a grana dos que chegam. One dólar mádam! One dólar sir!


Receber a gentileza, a boa educação e o sorriso dos orientais e também ser percebido como um diferente (não diríamos haver preconceito racial e sim curiosidade). A tradição budista e xintoísta, convertidas em sofisticadas formas de convivência social no Japão, em frenético ritmo de crescimento na China. A simplicidade acolhedora dos povos do Vietnã e do Camboja. As cores, a malandragem e sensualidade dos tailandeses, aos poucos vão sendo descobertas. A percepção se alterando ao longo dos dias.


As cerejeiras floridas, a grande muralha, os guerreiros de Xian, os templos de Angkor, a superarquitetura e superengenharia de Dubai, é uma hiper dose de experiência que nos faz pensar numa humanidade possível além da torre de Babel.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ANGKOR - TESOURO CAMBOJANO

Não faz muito tempo, em meados do século XIX, foi descoberto um verdadeiro tesouro histórico e arqueológico nas matas ao norte do que hoje é o país chamado Camboja. Foi durante a ocupação francesa na região, quando alguns pesquisadores foram informados da existência, no meio da floresta, de ruínas de templos antigos. Sabiam ter encontrado uma das maravilhas do mundo e iniciaram os levantamentos e estudos da área descoberta. Mas os problemas de guerras e disputas políticas na região durante o século XIX e praticamente todo o século XX fizeram que somente há pouco mais de quinze anos os templos de Angkor, em Siem Reap, fossem abertos a visitação e ao turismo internacional. Declarado em 1992 patrimônio da humanidade pela UNESCO.

Angkor foi, de 802 a 1432, o centro político e econômico do grande império khmer e o que sobrou ocupa 200 km², tem 70 templos alem de túmulos e outras ruínas ancestrais.


É impressionante! Pelo número de templos, pela área que ocupa e pela grandiosidade das ruínas em fase de restauração. E principalmente pelos inúmeros detalhes em baixo relevo, suas torres e alas formando um conjunto harmonioso e monumental. O caráter religioso do lugar além de ponto de atração turística ganha ares de santuário, com grande presença de monges budistas com suas vestes alaranjadas, que atrai a população local para orações e oferendas religiosas.


Hoje, Siem Reap vive um enorme dinamismo econômico derivado da importância do seu patrimônio histórico e cultural. Só se vêm construções novas: hotéis de redes internacionais, restaurantes, pequeno comércio e claro, casas de massagem. A população pobre desta região do Camboja se movimenta em torno desta riqueza que lhes sinaliza uma esperança de sobrevivência melhor. Uma vida nova a partir de uma herança antiga.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

TERRA DE MONGES, CORES E MASSAGENS

Os caras raspam a cabeça e se enrolam em pano alaranjado, são monges budistas com suas túnicas vistosas. O budismo é a religião dominante na Tailândia e por todos os cantos se vêm oratórios coloridos em dourado, amarelo e vermelho. Estas miniaturas estão sempre repletas com oferendas de seus devotos.

Os templos são grandes e luxuosos: as estátuas de Buda são ou de ouro ou douradas, como as pinturas das bordas de seus altares, ornamentados com flores e frutas multicoloridas.


As roupas femininas, saias e blusas ostentam brilhos espalhados pelos desenhos pintados em cores vivas e alegres. É decididamente um país de clima quente, com muita vegetação e umidade e que gosta de amarelo, vermelho, dourado, alaranjado, verde, azul...


E as massagens?!

Nos países asiáticos a massagem é considerada procedimento terapêutico e de bem estar. Assim a galera toda a pratica regularmente: massagens nos pés, costas, cabeça, corpo todo. Há os do tipo suave e as do tipo surra, conforme o desejo do cliente e também de sua necessidade.


Quando se passa pelas ruas fica-se surpreso com a quantidade de lugares, de todos os tamanhos, oferecendo massagens, com cardápio e tabela de preços publicados à porta. A massagem é um “Esporte Nacional” da Tailândia.


Desconfiamos também que é parte importantíssima da formação do PIB do país, sem se dizer é claro do volume de emprego e ocupação garantido para população local. Na Tailândia e em outros países da Ásia, massagem é a solução de todos os problemas. Que bom, né!?

domingo, 2 de maio de 2010

CHEGADA À TAILÂNDIA

A gente estava acompanhando pela Internet o noticiário de que estava havendo crescimento nas manifestações políticas na capital, dos chamados camisas vermelhas que querem por todo modo a dissolução do Parlamento e convocação imediata de eleições. Havia informações de confrontos violentos com as forças do governo, registrando mortos e feridos. Vimos algumas imagens na TV que mostravam confrontos. O pessoal mandando email perguntando se a gente tava por dentro do que tava acontecendo. Em 27 de abril, o site da embaixada brasileira no país recomendava aos cidadãos brasileiros que evitassem viagens a Bangkok neste momento.

Mas, sabíamos também que não havia registro de problemas com turistas e que continuava normal o movimento no aeroporto de Bangkok e outras cidades da Tailândia, que o primeiro ministro tinha ido à televisão, acompanhado do comandante militar, serenar um pouco os ânimos. Enfim, não parecia situação eminente de caos que sugerisse arrepiar carreira. Resolvemos transformar o receio em espírito de aventura.


A data de chegada o 1º de maio, aguçava mais ainda a nossa expectativa.


Porém, qual não foi nossa surpresa, pois não vimos absolutamente nenhum sinal que possa estar ocorrendo algo nessa cidade, a não ser que não vimos ninguém vestido de camisa vermelha ou amarela (as cores das correntes litigantes), ou seja: todo mundo com medo de achar que pudessem estar tomando partido de alguma dos lados.
Engraçado, cabe registrar, que no caminho do aeroporto para o Hotel vimos três painéis com fotos mostrando feridos nos conflitos. Alguma campanha em curso, o que estava escrito nestes cartazes, obviamente não entendemos, porque ainda não lemos tailandês.


Hoje, domingo, caminhamos o dia todo pela cidade, pegamos o monotrilho e fomos até o Chatuchak Market, mercado que funciona aos finais de semana e que junta gente de toda cidade e vende absolutamente de tudo, um tremendo mercado, com milhares de pessoas comprando. Pegamos também o Metrô, fomos almoçar no bairro chinês e depois fomos visitar o Buda de ouro (5,5 toneladas).
Tudo na santa paz.

Faz tempo bom em Bangkok, segundo a meteorologia poderá haver nos próximos dias algumas pancadas dispersas e ocasionais. É a previsão do tempo, não da política.