quarta-feira, 14 de abril de 2010

PEQUIM

A primeira impressão é que fica. Quando chegamos tivemos uma imagem surreal da capital da China: um intenso nevoeiro acinzentado não permitia ver nem o céu nem a silhueta de edifícios próximos. Foi-nos dito que era a soma de dois efeitos: o da poluição atmosférica produzida pelos veículos e areia em suspensão trazida pelos ventos oriundos do deserto de Gobi. Sinistro!

Fomos conduzidos por pistas expressas de cinco faixas de cada lado, tomadas por carros dirigidos por ex-ciclistas. Sinistro!!

Beijin, nome em chinês de Pequim, é uma cidade estranha. Abriga cerca de dezoito milhões de habitantes que estão espalhados em uma enorme área, onde não se vê aglomeração de edifícios, tão comum as grandes cidades brasileiras. As distâncias são enormes e tem de ser percorrida por carros e ônibus. A rede de Metro é pequena para o porte da cidade. Os congestionamentos são crescentes e provavelmente eles devem alcançar São Paulo em breve.

A maioria dos turistas estrangeiros visita a cidade sob orientação das principais agencias de turismo que são estatais e tratam muito bem os visitantes, mas com programações especialmente dirigidas a eles. É enorme o turismo interno na China. Pequim tem atrações monumentais, porém ela se dá pouco a conhecer. Podem-se visitar áreas populares no centro da cidade, os hutongs, que seriam como favelas preservadas pelo patrimônio histórico, onde deve rolar inclusive certa boemia com presença juventude local.

A visita ao passado imperial e ao presente pós Mao é feita toda em seu centro histórico. Nota-se um estado forte por todo lado e a marcha para os modos de relação existentes nos países capitalistas segue firme e aparentemente sem recuos. A caminhada para a sociedade de consumo globalizada, com suas marcas famosas (que por sinal fabricam seus produtos aqui) parece inexorável e muito ao gosto das novas gerações.
Sugere estar havendo certo tipo de revolução cultural não muito previsível pouco tempo atrás.

Percebemos claramente que não é simples para quem chega do Brasil conhecer a China além de seus monumentos históricos.

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